E aproxima-se o Natal
e o término do ano de 2015! Um ano marcado por muitas e importantes
modificações no quotidiano. Perdemos importantes figuras ilustres do nosso
município. No campo político houve muitas batalhas e a esperança continua no
sentido de que o bem final seja recaído sobre o povo. É sempre uma expectativa
que não cessa, não acalma e não morre. O ano de 2015 parece que voou! Como diz
a canção “foi fogo de morro acima, foi água de morro abaixo”. Agora, esperar o
quê? Pelo menos, já estamos vivendo o Ano Santo da Misericórdia. O que é isso?
Bem, Misericórdia em princípio quer dizer clemência, consideração, compaixão,
piedade, e assim por diante. O Papa Francisco definiu no dia 8 de dezembro de
2015, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, o início do Ano Santo da Misericórdia. Na bula Misericordiae Vultus "O Rosto da Misericórdia", Sua Santidade
ressaltou a grandeza da misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a importância de
os fiéis aplicarem em sua vida a virtude da misericórdia. Mas, em que consiste,
afinal, essa virtude? O que é exatamente a misericórdia? Santo Agostinho, na
obra "A Cidade de Deus", define-a do seguinte modo: "A
misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta pela miséria alheia,
que nos leva a socorrê-la, se o pudermos." Esse é, portanto, um ano muito
importante para tratarmos nossos semelhantes com sabedoria e com muitos frutos.
Muito
bem, tudo vai bem? Não! O que preocupou este ano e ainda preocupa é que há uma
terrível aliança internacional buscando uma finalidade ainda mais perversa. O
Papa Francisco disse: "O futuro exige hoje o trabalho de reabilitar a
política (...), que é uma das formas mais altas da caridade". Esta frase
tem sido recorrente nos discursos do Santo Padre: a política é uma elevada forma
de caridade. Trata-se de um esforço, um trabalho
sistemático em prol do bem comum. E justamente por isto ela é uma forma de
caridade: para buscar o bem comum, é preciso renunciar a algo que nos é
próprio. Encontramo-nos na seguinte situação: uma ideologia internacional, bem
financiada e determinada, está cooptando milhares de pessoas para trabalhar
pela destruição do patrimônio moral multissecular do Ocidente. Um antro de criminosos pôs na
cabeça que precisa acabar não só com a moralidade judaico-cristã, mas com a
própria família. Como eles têm consciência de que a
população como um todo é contrária aos seus anseios, eles manipulam a linguagem
para destruir essas instituições sem que ninguém perceba. "Mudar o significado e o
conteúdo das palavras é uma artimanha para que a reengenharia social seja
aceita por todos sem protestos". Para combater esta
investida perversa contra os próprios fundamentos da civilização, é necessária
uma coalizão conservadora de católicos, evangélicos, judeus e todos os homens
de boa vontade que querem verdadeiramente conservar o patrimônio espiritual,
moral e jurídico que forjou o Ocidente. É evidente que, na prática religiosa do
dia a dia, todo bom católico continuará acolhendo o chamado à missão e
procurando a conversão dos outros. A mesma coisa acontecerá com as nossas
outras religiões. Onde há liberdade religiosa, é normal que as pessoas
empreendam o diálogo entre si, tentando convencer as outras. Não é preciso,
pois, revirar o passado para procurar alguma forma de desunir os cristãos. Os
católicos e os evangélicos estão perfeitamente de acordo que, no plano
religioso, cada qual segue seu caminho. Mas é em outro campo que se quer firmar um acordo: o campo
político. Para firmar este acordo, é preciso
deixar de lado as diferenças para trabalhar juntos. Nesta coalizão, é preciso
travar uma luta para salvar a família, a moralidade e a própria civilização,
que estão sendo atacadas por uma horda de bárbaros. Esses "novos
bárbaros" não vêm com a guerra, cruzando os limites geográficos de nossos
territórios; mas vêm com uma ideologia, como serpentes, com a língua bifurcada:
com as palavras, dizem uma coisa; mas, no fundo, querem insinuar outra. Encapam
seus propósitos sórdidos com termos sofisticados, como "discriminação" e "identidade
de gênero"; mas, na verdade, desejam destruir os papéis familiares de
pai, mãe, esposo, esposa e filhos, e implantar suas estratégias nos currículos
escolares de nossas crianças. Aplicam-se a eles as palavras do salmista: "Enquanto eles
bendizem com os lábios, no coração, bem lá do fundo, amaldiçoam"
Boas
Festas e até 2016!