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16 de dez. de 2015

MISERICÓRDIA


E aproxima-se o Natal e o término do ano de 2015! Um ano marcado por muitas e importantes modificações no quotidiano. Perdemos importantes figuras ilustres do nosso município. No campo político houve muitas batalhas e a esperança continua no sentido de que o bem final seja recaído sobre o povo. É sempre uma expectativa que não cessa, não acalma e não morre. O ano de 2015 parece que voou! Como diz a canção “foi fogo de morro acima, foi água de morro abaixo”. Agora, esperar o quê? Pelo menos, já estamos vivendo o Ano Santo da Misericórdia. O que é isso? Bem, Misericórdia em princípio quer dizer clemência, consideração, compaixão, piedade, e assim por diante. O Papa Francisco definiu no dia 8 de dezembro de 2015, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, o início do Ano Santo da Misericórdia. Na bula Misericordiae Vultus "O Rosto da Misericórdia", Sua Santidade ressaltou a grandeza da misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a importância de os fiéis aplicarem em sua vida a virtude da misericórdia. Mas, em que consiste, afinal, essa virtude? O que é exatamente a misericórdia? Santo Agostinho, na obra "A Cidade de Deus", define-a do seguinte modo: "A misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta pela miséria alheia, que nos leva a socorrê-la, se o pudermos." Esse é, portanto, um ano muito importante para tratarmos nossos semelhantes com sabedoria e com muitos frutos.
            Muito bem, tudo vai bem? Não! O que preocupou este ano e ainda preocupa é que há uma terrível aliança internacional buscando uma finalidade ainda mais perversa. O Papa Francisco disse: "O futuro exige hoje o trabalho de reabilitar a política (...), que é uma das formas mais altas da caridade". Esta frase tem sido recorrente nos discursos do Santo Padre: a política é uma elevada forma de caridade. Trata-se de um esforço, um trabalho sistemático em prol do bem comum. E justamente por isto ela é uma forma de caridade: para buscar o bem comum, é preciso renunciar a algo que nos é próprio. Encontramo-nos na seguinte situação: uma ideologia internacional, bem financiada e determinada, está cooptando milhares de pessoas para trabalhar pela destruição do patrimônio moral multissecular do Ocidente. Um antro de criminosos pôs na cabeça que precisa acabar não só com a moralidade judaico-cristã, mas com a própria família. Como eles têm consciência de que a população como um todo é contrária aos seus anseios, eles manipulam a linguagem para destruir essas instituições sem que ninguém perceba. "Mudar o significado e o conteúdo das palavras é uma artimanha para que a reengenharia social seja aceita por todos sem protestos". Para combater esta investida perversa contra os próprios fundamentos da civilização, é necessária uma coalizão conservadora de católicos, evangélicos, judeus e todos os homens de boa vontade que querem verdadeiramente conservar o patrimônio espiritual, moral e jurídico que forjou o Ocidente. É evidente que, na prática religiosa do dia a dia, todo bom católico continuará acolhendo o chamado à missão e procurando a conversão dos outros. A mesma coisa acontecerá com as nossas outras religiões. Onde há liberdade religiosa, é normal que as pessoas empreendam o diálogo entre si, tentando convencer as outras. Não é preciso, pois, revirar o passado para procurar alguma forma de desunir os cristãos. Os católicos e os evangélicos estão perfeitamente de acordo que, no plano religioso, cada qual segue seu caminho. Mas é em outro campo que se quer firmar um acordo: o campo político. Para firmar este acordo, é preciso deixar de lado as diferenças para trabalhar juntos. Nesta coalizão, é preciso travar uma luta para salvar a família, a moralidade e a própria civilização, que estão sendo atacadas por uma horda de bárbaros. Esses "novos bárbaros" não vêm com a guerra, cruzando os limites geográficos de nossos territórios; mas vêm com uma ideologia, como serpentes, com a língua bifurcada: com as palavras, dizem uma coisa; mas, no fundo, querem insinuar outra. Encapam seus propósitos sórdidos com termos sofisticados, como "discriminação" e "identidade de gênero"; mas, na verdade, desejam destruir os papéis familiares de pai, mãe, esposo, esposa e filhos, e implantar suas estratégias nos currículos escolares de nossas crianças. Aplicam-se a eles as palavras do salmista: "Enquanto eles bendizem com os lábios, no coração, bem lá do fundo, amaldiçoam"   
Boas Festas e até 2016!

                                               

9 de dez. de 2015

RIMOU

             Não sou político. Decididamente não sou político, mas tenho absoluta certeza que faço pela comunidade tanto quanto ou mais se exercesse um cargo político. Entretanto esta certeza de que essa aura do “político” não está em mim porque concorri quatro vezes a uma vaga para a Câmara de Vereadores e não consegui me eleger em nenhuma delas. No ano de 1982 concorri pelo PDS e recebi 135 votos; no ano de 1992 concorri novamente ao cargo de vereador pelo PDS e recebi dos eleitores 170 votos; depois, pela terceira vez, em 1996, submeti meu nome a uma vaga no legislativo pelo PFL e recebi apenas 107 votos. Os pedidos para tentar uma cadeira na Câmara continuavam e em 2000, na virada do século novamente coloquei o meu nome à disposição, pelo PFL e recebi 76 votos. O aviso estava dado, era para não continuar no caminho político e procurar outra forma de ajudar a comunidade e foi o que fiz. Somente assumi interinamente por trinta dias como Vereador Suplente cf. Ofício nº 207/98 de 12 de novembro de 1998, assinado pelo presidente da casa, Vereador Valmir José Bratti. De qualquer forma, agradeço penhoradamente a todos os votos recebidos. Não foram suficientes para ocupar uma cadeira na Câmara, mas tenho a absoluta certeza que foram votos conscientes, sinceros e que esperavam em mim o exercício da verdadeira função do cargo de vereador. Apesar de tudo, tive um ótimo relacionamento com todos os demais pares da Casa Legislativa. Por que tenho que mencionar esta passagem aqui? Simplesmente estive recordando esses fatos enquanto via pela televisão toda essa confusão que se passa em Brasília, mais precisamente na Câmara dos Deputados. O horror maior ainda se passa quando o assunto passa às mãos do Supremo para resolver as broncas que o próprio legislativo federal cria. Mas, um detalhe me chama muito a atenção: por que o Supremo, de forma individual, inicialmente, tem que puxar para si um assunto que está sendo discutido entre os mais de quinhentos deputados? Responderão que o Supremo é onde se resolvem as questões de ordem Constitucional. Certo, mas quando as questões são favoráveis ao governo então nada acontece e a Constituição foi obedecida! Não tem algo estranho nesse meio político? Boas Festas meus caros eleitores e a todos os meus leitores. Ainda bem que rimou!

13 de ago. de 2015

RIO DAS FURNAS EM LIVRO

            Em breve estaremos folheando e lendo mais um livro que certamente será motivo de muito interesse pela nossa região. Trata-se de um belo trabalho que resgata a história de uma importante comunidade do sul de Santa Catarina, e que recebeu o título de “RIO DAS FURNAS: 127 anos de Colonização Italiana;  2014 – Centenário de Instalação do Distrito” do Pe. Elias Della Giustina e que é o resultado de um aperfeiçoado resultado de muita pesquisa e de uma gigantesca preocupação pela veracidade das informações relatadas de busca e de investigação nas mais diferentes fontes disponíveis.
            No começo eram as matas, e os bugres a guarnecê-las. Ou, no início eram os bugres, e as matas a protegê-los...! Aí tudo começou. Vêm de longe os dados e informações com fotos interessantíssimas. É impossível que a natureza não tenha provocado no homem desatento um choque cultural e, da emoção sentida, o desejo de entendimento, respeito, comunicação, comunhão e participação na procura pelo desenvolvimento da grande região de Rio das Furnas.
            Tudo isso e muito mais iremos tomar conhecimento, passo a passo nessa pesquisa, iniciando pelo Primeiro Bloco que trata das razões pelas quais aqueles desbravadores migraram de seus países para desbravar as matas, os sonhos, a aventura. Em seguida vem o Segundo Bloco em que trata de Rio das Furnas e seus primeiros habitantes, os índios (bugres, como eram tratados); a compra dos lotes as várias fazes da colonização. O autor, Pe. Elias passa para o Terceiro Bloco onde versa sobre o tema: “Impulsionados pela Fé”,  onde aborda a vida religiosa da comunidade, os padres, as capelas, relação das famílias, fabriqueiros, etc. Seguindo em frente vem o Quarto Bloco e os “Tempos Áureos de Rio das Furnas” onde é focado a parte econômica, as terras férteis, olarias, fecularias, engenhos, comércio, transportes, Distrito, etc.  No Quinto Bloco  Pe. Elias comenta sobre os “Personagens de Rio das Furnas”; no Sexto Bloco são destacados 26 depoimentos orais interessantíssimos sobre a história de Rio das Furnas. No Sétimo Bloco o autor faz um destaque importante sobre 24 “Famílias” e um especial sobre “Outras Famílias”; no Oitavo Bloco descreve sobre “A Escola” em Rio das Furnas, versando sobre os primeiros professores, os alunos, etc.; no Nono Bloco há o espaço para os “Censos”, relação de habitantes, etc.; no Décimo Bloco, este muito importante também um registro sobre “Documentos para a História”, são 15 itens que vale a pena lê-los com a mais perfeita atenção.
            Parabéns, Pe. Elias, por mais uma autoria, agora esse trabalho de pesquisa sobre o Distrito de Rio das Furnas, história de uma vasta região e que servirá como extraordinária fonte de pesquisa  e para futuros historiadores.


                                                                                  

22 de jul. de 2015

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM


            Li a pela primeira vez e nunca mais esqueci. Tinha eu aproximadamente nove a dez anos. O autor é o nosso Castro Alves. Ele fala do livro, e lá pelas tantas diz: 1) “Por isso na impaciência/ desta sede de saber,/ Como as aves do deserto/ As almas buscam saber.../ Oh! Bendito o que semeia/ Livros... Livros a mão cheia.../ E manda o povo pensar! O livro caindo n’alma/ É gérmen – que faz a palma/ é chuva – que faz o mar”.
            Estamos prestes a viver mais uma Semana Cultural de Orleans. Claro que uma Semana Cultural envolve todos os movimentos culturais e o livro está inserido nessa efervescência toda. Orleans tem essa marca. Lançamento de livros, muitos livros, bons livros.  Agora, mais alguns pensamentos sobre o livro, escolhido para os leitores: 2) “O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive” – Padre Antônio Vieira; 2) “O livro é sempre um degrau: sobe-se se é bom; desce-se se é mau. Por ele o espírito ascende à claridade, ou abisma-se na terra” – Coelho Neto; 3) “O livro instrui e educa, orienta e forma o caráter. É um mestre silencioso, suave e eloquente” – Lamartine; 4) “Um bom livro é uma vitória ganha em todos os campos de batalha do pensamento humano” - Balzac
            Muito bem. Agora um pouco de noticiário relativo ao livro que considerei oportuno e interessante. A Comissão de Educação da Câmara Federal analisa projeto de lei de autoria do deputado Antônio Goulart de São Paulo, que propõe a inclusão de um livro entre os itens obrigatórios da cesta básica distribuída em todo o território nacional. O livro deve ser novo, de autores brasileiros e distribuídos mensalmente junto com a cesta.
            “Esse projeto teve uma repercussão muito grande no estado de São Paulo, onde eu já havia apresentado uma proposta semelhante. As empresas também poderão oferecer vale-livro, facilitando o consumo das obras nacionais. O que é bom para as editoras e melhor ainda para a população, porque cultura é vida”, afirmou o parlamentar.
            Goulart ressaltou também que, em 2003, com a criação da Política Nacional do Livro (Lei 10.753/03), o país instituiu um marco legal para leitura e que a iniciativa quer contribuir no fomento da cultura. “Existem muitos livros populares e bons. As pessoas podem levar para casa ou ler durante o trajeto para o trabalho. Isso aumenta o acesso.”
            O projeto tramita em caráter conclusivo e aguarda parecer do relator. Pois bem,... nem só de pão vive o homem”.


17 de jun. de 2015

PASSOS


            Aonde você vai com essa meia pressa? Até mesmo sabemos que você sempre está com certa pressa, é normal, mas me pergunto por quê? Não precisa também exagerar, afinal é metade da primeira metade do dia. As folhas secas dependuradas das palmeiras e seus novos cachos estão ali balançando ao vento e serão testemunhas enquanto viverem.
            O inverno está próximo. O frio se aproxima e a imagem congelada ficará na memória. Aqueles passos firmes e decisivos na busca de algo, na busca de solução ou na direção do norte das saídas.
            O verso do bordado é misterioso, mas a ponta do fio deve estar em algum lugar. Os passos largos e ligeiramente apressados deixaram uma indagação: por quê? O veranico deste ano resolveu aparecer no mês de junho, justamente no início de junho, abandonando o mês de maio. Por que no mês de junho?
            E as palmeiras enfileiradas, com seus novos cachos e as folhas secas dependuradas ali estavam e estão como sentinelas presentes a fotografarem os passos ligeiros na busca de uma resposta apressada para um enigma que ficou guardado para o sempre. “Quem conheceu um amigo jamais morrerá...” o compasso dos passos pareciam acompanhar o compasso da canção, mas a coluna de concreto tapou a imagem que se desfez entre os vidros da janela e da porta, enquanto as folhas das palmeiras continuaram a balançar ao vento, independentemente de escreverem a história que se prosseguia e as consequencias seguintes.
            Aonde você vai com essa meia pressa? Mas que posteriormente se fez saber tinha pressa. Pressa para o quê? Aqueles passos largos em linha reta, decisivos, firmes, iam aonde? Para o quê? Mais uma vez as palmeiras “fotografaram” o transeunte que passava para o desconhecido na busca de uma resposta importante que talvez não houvesse até então encontrado.

            O lado oposto do bordado é o mistério que perdurará até as luzes do alto iluminar as mentes. Aonde você foi com aquela pressa? Sempre soubemos que você sucessivamente esteve com certa pressa para o bem.

15 de mai. de 2015

ULHO!

O que é feito por este tempo,
De qualquer jeito, vai de bandulho!
Vai de mentira, vai de indecência,
Vai sem coragem, vai de pandulho!

O que dizer, o que falar,
Quando se enxerga tanto esbulho!
E no perfil de tantos rostos
Desenha-se tanto orgulho!

Para que serve a nossa mídia
Se não às vezes só pra marulho!
Enquanto os calos e as feridas
Vão correndo no pedregulho!

Não muito longe se vê tristeza
Tanto que causa um certo engulho!
As mesmas caras, todos os dias,
Na massa faz-se até um entulho!

Afasta logo essa urtiga, afasta,
País gigante num cascabulho!
Acorda altivo uma vez, acorda,
Desato o nó desse teu embrulho!

E agora perto do solstício
Tempo quieto, pouco barulho!
Caminha roto um poeta solto
No frio falando quase um arrulho!

E pra deixar este solo firme
Vou mais longe neste mergulho!
Pela licença deste poema
Ao infinito pensar bagulho!








  

HORAS DAS HORAS

Já passei das horas das horas,
Já vivi os tempos dos tempos,
Já notei a anotação das notas
E já paguei a conta dos preços...!
Já parei no tempo dos tempos,
Já morri nas horas das horas,
Já reli as notas todas anotadas
E já rezei as contas dos terços!

Tive muitos sonhos sonhados,
Tive lutas, conquistas obtidas,
Tive fé nas metas pesquisadas,
E tive alegrias infindas neste chão!
Tive poucos sonhos não realizados,
Tive paz, derrotas poucas sofridas,
Tive esperanças nas descobertas
E tive o amor alçando meu coração!

Portanto resta um querer sem fim
De um poeta que silente vai...
Rabiscando a natureza ao seu redor
Buscando o éter, som de campanário!
Lírico, amante de todas as luzes,
Maior de todas, no poente esvai,
Em busca dela, da Suprema Luz
Imutável sempre, Deus no Sacrário!

Já passei das horas das horas,
E já paguei a conta dos preços!
Já parei no tempo dos tempos,
E já rezei as contas dos terços!
Tive muitos sonhos sonhados,
E tive alegrias infindas neste chão!
Tive poucos sonhos não realizados,
E tive o amor alçando meu coração!





AS LENTES II

 Vejo o mundo já disforme,
Já difícil, pouca luz...!

Vejo o mundo no pós lente
E um veemente dissabor!

Vejo o mundo e vejo a vida,
Dom maior, mas que se esvai...

Vejo o mundo já enfermo
Das visões que eram sãs!

Vejo o mundo adulterado
Na paisagem, no olhar...

Vejo o mundo que me viu,
Mas não sinto o que me foi!

Mas as lentes divisórias
Tentam, surdas, acalmar!
As visões clareiam pouco,
Da calma que está no ar!

Olhos meus que fitam tudo,
Viste muito! - diz a lente.
Mas a história já se fez...
Não mais fita o meu presente!



25 de fev. de 2015

QUARESMA



Em 1958, quando a construção da torre da matriz estava sendo construída, recebia a primeira eucaristia pelas mãos do Pe. Santos Sprícigo. Lembro das instruções catequéticas do próprio Padre, das irmãs, e outras catequistas. Lembro que após aquela inesquecível missa da primeira comunhão, recebemos um agradável café com pão, bolo e bolachinhas, sob o teto da casinha meia água, onde os construtores montavam as ferragens para a construção da torre. Foi muito agradável. Foi uma festa e tanto. 
Familiares presentes. Não havia telefone celular, nem tampouco máquinas fotográficas como temos hoje. A única fotografia foi feita pelo Seu Benício Debiasi. Ainda temos a foto. Aliás, todos eram fotografados no mesmo lugar e a pose também era a mesma. Rosário entre as mãos postas, olhar para o fotógrafo, pés unidos, sério, e pronto. 
Estamos falando de 1958, portanto há 57 anos, e creio que, pelos menos dentro desse tempo, cinqüenta anos desses estamos prestando serviços à Igreja que pertencemos. De uma forma ou de outra estamos sempre prestando algum tipo de colaboração. Se bem prestado ou mais ou menos, mas estamos sempre à disposição. 
Houve períodos, pelo menos nas três décadas do Pe. Santos, em que participávamos mais com serviços de apoio, com cartazes, frases, relações, relatos, textos para publicidade, avisos, etc., enfim na “usina de força” como costumávamos chamar. Além da participação ativa na Rádio Luz e Vida. Depois veio o período do Pe. Lino, que foram quase duas décadas. Um período em que já iniciamos um novo método, onde o trabalho já se diversificou e o uso da informática foi mais forte, mas continuaram as participações em praticamente todos os âmbitos da nossa Igreja. 
Surgiu a oportunidade concedida e aceita para participarmos como Ministro Extraordinário da Comunhão. Uma benção que trago até hoje como um verdadeiro premio pela dedicação, pela fé, pelas obras. 
Depois a paróquia recebeu o Pe. Elias e Pe. Marcio, e os trabalhos continuaram da mesma forma, no mesmo ritmo e sempre da forma com que fizemos a Igreja como a Igreja sempre foi na sua bela história. Pe. Marcio foi transferido e recebemos Pe. Rodrigo que como Vigário Paroquial deu prosseguimento ao bom trabalho que a paróquia desenvolve nas suas trinta comunidades e mais doze locais de atendimento. Pe. Elias é transferido para a Paróquia São João Batista de Grão Pará e Pe. Rodrigo é alçado à condição de Pároco da Paróquia Santa Otília e Pe. Sergio Gomes é recebido como Vigário Paroquial em nossa Paróquia. Então, é assim que a história é construída. 
Em poucas linhas, são mais ou menos cinqüenta anos de serviços dedicados à nossa Igreja que, com a maior alegria, vimos realizando para a glória do Reino de nosso mestre maior, Jesus!  
Quaresma é tempo de rever um pouco de nossas próprias histórias. 
Cada qual no seu tempo e nas suas obras. 

MAIS OU MENOS


“A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. Pode até dormir numa cama mais ou menos, ter um transporte mais ou menos; segurança mais ou menos; educação mais ou menos; alimentação mais ou menos.
O que não pode, de jeito nenhum, é ser mais ou menos honesto; ter uma fé mais ou menos; ser amigo mais ou menos; ter um amor mais ou menos; ser de um caráter mais ou menos... Senão, a gente corre o risco de ser uma pessoa MAIS OU MENOS”!
E é mais ou menos assim que está acontecendo nos momentos atuais, no mundo atual. Está sendo riscadas do dicionário algumas palavras chave como, por exemplo: respeito. A falta de respeito é algo nunca visto. Em todos os ambientes acontece com uma freqüência assustadora. Na fila de espera do posto médico, na lotérica, no banco, em qualquer lugar. Pessoas idosas, mulheres grávidas, enfim, o desrespeito impera e prospera em todas as camadas sociais. Uma tragédia.
Outra palavra que está sendo riscada do dicionário é gratidão. Ninguém ou quase ninguém mais tem o belo gesto de agradecer, ou reconhecer por algo que tenha recebido em favor ou por ajuda. Seja no campo social ou mesmo no trabalho, na dia a dia. Agradecer no agora ou mesmo no tempo, na velhice, na meia idade. Quantas oportunidades que temos para agradecer alguém por tantos benefícios recebidos. Mas essa gratidão está morrendo. Está sendo esquecida. Uma tragédia.
Mais uma palavra que está sendo riscada é a honra. Honra significa acima de tudo reputação, bom nome, bom conceito. Mas, infelizmente, isso não importa mais. A folha corrida pode estar completamente comprometida, não importa. Muitas vezes, e isso existe, há inocentes, mas os folhas-corridas que não têm mais lugar para um ponto nem mais uma vírgula, esqueceram completamente a honra, a dignidade.
Outra palavra importante é a humildade. A exposição do falso orgulho e do falso é como uma lata vazia sendo puxada estrada a fora. Faz muito barulho, mas é vazia por dentro. A humildade é uma virtude que está sendo riscada do dicionário, o que representa um crescimento perigoso para o bom relacionamento humano. E muito mais palavras poderiam ser anunciadas aqui. Vamos parar. Por isso, as pessoas estão se transformando em MAIS OU MENOS, como se tudo fosse assim e pronto. Seja de qualquer jeito. Vamos levando a vida como quer o atual prefeito de São Paulo, segundo a revista VEJA. Não importa o costume social correto, o importante é deixar acontecer de qualquer maneira e as pessoas estarem sorrindo, mesmo na base do: “salve-se quem puder”.  


11 de dez. de 2014

PORTABILIDADE


- Boa tarde! Tenho aqui meu celular que é de uma operadora, mas ultimamente está mais fora do ar do que outra coisa!
- Sim, podemos fazer a portabilidade!
- Portab...., isso! Portabilidade. Temos várias opções. Você pode escolher. Temos de vários preços, inclusive nós podemos....!
- Espere!
- Este meu telefone, aliás, este meu número, tenho há mais de dez anos. É um número muito conhecido. Por isso não quero mudar o número. Inclusive é um pós-pago. Não quero nem que me fales de pré-pago!
- Olha, já estou verificando o valor da mensalidade.
- Sim, você tem que garantir que vai ser um pós-pago, certo?
- Certíssimo senhor! Nós, desta operadora sempre trabalhamos para que o cliente fique tranquilo.
- Ah! Certamente que sim! Vamos verificar então!
- Olha aqui. Este é o melhor plano para você. São R$ 51,00 por mês, de tal para tal, mais um crédito de tanto, mais uma balinha no final do mês, mais um feliz aniversário, mais uma sacolinha de plástico de presente. Viu como é bom?
- Vi!
- Quanto tempo leva para funcionar na nova operadora?
- Três dias no máximo!
- Três dias! Tudo isso? Não tem como ser mais rápido?
- Não, mas você já pode ir usando assim mesmo...????
- Bem, então vou aguardar. Até logo!
- Tchau! Tchau!
Passaram-se os três dias e a tal portabilidade não apareceu no telefone.
- Boa tarde! Veja, a portabilidade não apareceu, será que houve algum problema?
- Olha, nosso sistema às vezes dá problema, mas você espera mais um pouco. Vai ser resolvido.
- Obrigado!
Passaram-se mais quatro dias e a portabilidade não apareceu.
- Alô! Uma vós catacúmbica anuncia: você está sem crédito...! Crédito? Mas meu telefone não é um pré-pago, é um pós-pago!
Voltei à Loja.
- Acho que o melhor seria fazer um novo plano! Quem sabe um novo número porque este aí pode estar com problema!
- Problema? Nunca esteve com problema. Mais de dez anos funcionando normalmente. Só apareceu o problema quando resolvi fazer essa tal portabilidade aqui com vocês.
- Então acho melhor você ir num escritório da operadora para tentar resolver...
- Só em Criciúma ou Florianópolis...!
- É?...
Olhei ao redor, olhei para as paredes, olhei para o celular, lembrei do Brasil há uns 12 anos atrás e não pude segurar.
- VIVA O BRASIL!




12 de nov. de 2014

BUROCRACIA, DOENÇA VIRAL

Estamos cada vez mais dentro de casa. Estamos cada vez mais dentro da cozinha, dentro do quarto, do banheiro, dentro do roupeiro e quem sabe embaixo da casa e sabe-se lá aonde mais. O lugar seguro da família não existe mais e quanto mais seguro se pensa que se está mais inseguro se descobre. Portões altos, muros altos, condomínios fechadíssimos, cercas eletrificadas, ferrolhos, três fechaduras cada porta, alarmes, filmadoras, nada... nada mais disso resolve quando o estado abandona os seus cidadãos e passa a “respeitar” o delinquente, o bandido, o desocupado e ao mesmo tempo ainda é protegido do sistema social. Aos poucos - e não está tão aos poucos assim - já está bastante acelerado, e irá ficar veloz, quando as milícias organizadas invadirem as propriedades legalmente conquistadas pelo trabalho honesto, de anos e anos de muito trabalho e o estado simplesmente determinar que conselhos, ongs, etc., passarem a “resolver” esses impasses. O caos se alastrará pelo campo e pelas regiões urbanas. Hoje se assalta estabelecimentos à luz do dia, com a maior tranquilidade, sacando uma arma do bolso, levando o pouco dinheiro e pronto! Qual a solução para isso? Ficar quieto. Quieto porque o revanchismo é altamente e conhecidamente perigoso. Nunca se sabe o que poderá acontecer a um proprietário de um pequeno ou mesmo um grande estabelecimento comercial. É muito fácil saber. Basta raciocinar, por exemplo, se um elemento desses for preso pelo roubo de meros quinhentos reais e logo depois, dois, três meses, quando for solto, (porque a pena geralmente é curtíssima), esse mesmo indivíduo sai da prisão feito uma fera e o “acerto de contas” poderá ser uma tragédia vinte vezes maior. O governo federal perdeu plebiscito do desarmamento, porém criou uma burocracia infernal para revalidação da documentação dos que têm arma. Cremos que um percentual altíssimo deve ter entregado as armas em função da burocracia. Ou seja, a burocracia é a pior de todas as armas para o cidadão. Aliás, se você ainda não sabe a própria burocracia poderá levar você a torná-lo ilegal. No dia a dia, nas repartições, já percebeu como está ficando difícil sua vida? Tantas senhas, digitais, atualizações cadastrais, enfim, cuidado, daqui a pouco você poderá não mais existir, embora existindo e com muito boa saúde. A burocracia foi a maior arma utilizada nos países totalitários. Levou muita gente às prisões e muitos ao exílio. A cada dia a burocracia está nos complicando em nosso país. Uma pena! Poderíamos ter uma vida bem mais simplificada e com muito mais segurança. Até quando? 

8 de out. de 2014

ALI BABÁ

Estamos num período eleitoral e sempre é bom navegar na literatura para descontrair e relaxar um pouco enquanto as falácias vão e voltam neste turbilhão de promessas.
Era uma vez um jovem chamado Ali Babá. Ele viajava pelo reino da Pérsia levando e trazendo notícias para o rei.
Numa das viagens, enquanto descansava, ouviu vozes. Subiu numa árvore e viu quarenta ladrões barbudos diante de uma enorme pedra. Um deles adiantou-se e gritou: ''Abre-te Sésamo!''
A enorme pedra se moveu, mostrando a entrada de uma caverna, os ladrões entraram e a pedra fechou-se.
Quando os ladrões saíram, Ali Babá resolveu experimentar e gritou para a pedra: ''Abre-te Sésamo!''
A enorme pedra se abriu e Ali Babá entrou na caverna. Viu um imenso tesouro roubado do povo e do governo e carregou o que pôde no seu cavalo e partiu direto em direção ao palácio para pedir a filha do sultão, por quem estava apaixonado há muito tempo, em casamento. Quando o sultão viu o dote, aceitou imediatamente.
Ali Babá ficou muito feliz e resolveu contar para todos que ia se casar. Mas para isso precisava comprar um palácio para a sua princesa. Voltou à pedra e falou: ''Abre-te Sésamo!''
Um dos ladrões estava escondido e viu Ali Babá sair da caverna carregando o tesouro. O ladrão foi contar aos outros o que viu e decidiram pegá-lo. Com as jóias, Ali Babá comprou um palácio para sua amada e avisou a todos que daria uma festa no dia do seu casamento.
Os ladrões, todos sempre bem combinados, sabendo da festa, enfiaram-se em tonéis de vinho vazios para atacar Ali Babá à meia-noite, quando estivesse dormindo. A festa foi tão alegre que o vinho acabou. Ali Babá então, foi à adega verificar se havia mais e, sem querer, escutou um sussurro: ''Já deu meia-noite?'' perguntou um dos ladrões.
''Já, mas espere a festa acabar! “Aí vamos pegar aquele que está usando o nosso tesouro”.
Voltando à festa, Ali Babá disse: ''O vinho estragou e preciso de ajuda para levá-lo daqui. ''
Alguns guardas ajudaram a levar os tonéis até um despenhadeiro. ''Vamos jogá-los lá em baixo'', disse Ali Babá.
Ao perceber que seriam jogados, os quarenta ladrões entregaram-se aos guardas. Com os ladrões presos, Ali Babá ficou com o tesouro. E a princesa e ele viveram felizes para sempre com a fortuna encontrada.
Brasil encantado está o conto acabado!





17 de set. de 2014

PENSO, LOGO HESITO

Jaques Wagner, candidato petista ao Governo baiano em 2006, estava arriscado a não ir ao segundo turno: de acordo com as pesquisas, perdia por 48 a 31. Ganhou no primeiro turno. O presidente americano Harry Truman, em 1948, perdia longe nas pesquisas para seu adversário Thomas Dewey, governador de Nova York. Ganhou - e festejou a reeleição com uma foto clássica, mostrando a manchete do Chicago Daily Tribune, “Dewey derrota Truman”. Em 1985, Fernando Henrique estava tão vitorioso nas eleições de São Paulo que até posou para fotos sentado na cadeira de prefeito. Perdeu para Jânio Quadros, que tinha vencido eleições pela última vez havia 25 anos. Até as garrafas de vinho Chateau Petrus de sua adega sabiam que Paulo Maluf se elegeria prefeito de São Paulo em 1988, diziam as pesquisas, seguido pelo peemedebista João Leiva, ficando em terceiro, bem perto do segundo, a petista Luiza Erundina. Erundina ganhou.
E daí? Daí, nada. Pesquisas também registram longo histórico de acertos. Mas é bom lembrar que, se pesquisa nunca errasse, nem precisaria haver eleições.
A última pesquisa, do Ibope, mostrou leve crescimento de Dilma e leve queda de Marina, comparadas à pesquisa anterior, do Datafolha. Ou não, como diria Caetano: a pesquisa Ibope foi divulgada por último, no dia 12, mas com base em entrevistas obtidas entre os dias 5 e 8. A pesquisa Datafolha foi divulgada antes, com base em entrevistas obtidas nos dias 8 e 9. É, portanto, mais recente.
Se for para comparar pesquisas de institutos diferentes (o que não é correto), Dilma caiu um pouquinho, Marina subiu um pouquinho, mas mantendo trajetória de alta.
Recentemente tivemos informações que a Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (PR) propõe o fim do direito de voto para os beneficiários do “Bolsa Família”. O documento não cita o programa, mas é explícito quando afirma “suspensão do direito ao voto para beneficiados de qualquer programa de transferência direta de renda em todas as esferas”.     
Entende-se, então, que os benefícios oficiais dos governos, acabam vinculando definitivamente o voto nestes mesmos governos, daí, quem sabe, alguns altos índices de popularidade política, o que, na opinião dos integrantes dessa Associação, seria descabido. Será?






2 de jul. de 2014

ERGUER A TAÇA

No momento que escrevo esta matéria, é quarta-feira e o Brasil vive os momentos preparativos para enfrentar a Colômbia na tentativa de ir para as Semifinais.
Ilusões à parte, ganhando ou perdendo, o país respira uma espécie de gesso empresarial e até mesmo cultural. Sim, porque se ouve, mesmo que não aos gritos, de que a economia ganhou uma desaceleração bastante acentuada. A televisão anestesia o povo com suas vinhetas coloridas, e com destaque maior para o “amanhã”, porque sempre tem uma partida a seguir.
Esperamos que a nossa seleção brasileira conquiste uma vitória contra a Colômbia e siga em frente. Bem, lá na frente estará nos esperando a Alemanha ou a França, e novamente as vinhetas virão. Virão também as crônicas bem boladas da Globo, que em alguns momentos mais parece estar a serviço do governo do que propriamente transmitindo o torneio da Copa do Mundo.
Mas, e depois de terminar a Copa, está sendo ventilado o aumento da energia elétrica bem como dos combustíveis. Vamos levantar a taça, mas vamos pagar bem mais caro a nossa sobrevivência? Alegria na cabeça e dor no bolso.  Aqui no nosso Estado, o governador com sua incansável fome por impostos continua buscando nos nossos pequenos e médios empresários, citando estas duas categorias, as mais sofridas, formulas mirabolantes com o fim de arrancar mais recursos através da “Concorrência Leal 2”. É uma choradeira generalizada. Principalmente nestes tempos de início de caça ao voto, está meio que parecendo uma aventura desordenada. Há insatisfação bastante forte no meio empresarial. Já que a economia está bastante arranhada e a carga tributária batendo no teto, os pequenos e médios empresários estão ficando desanimados e desencorajados.
Entretanto, os spots ou as vinhetas na telinha transmitem uma alegria que se procurada parece não existir. Uma pseudo-alegria inventada. A FIFA vem ao Brasil, arrecada bilhões, dá um tchauzinho e vai embora. Nós, brasileiros e brasileiras, ficamos aqui, felizes com a taça na mão, mas com o bolso ardendo em fogo, com as contas altas a pagar, o comércio paralisado, as dificuldades aumentando, e outros problemas resultantes das paralisações para ficar olhando a telinha.
Depois vem o segundo tempo. Vem as eleições, com os “grandiosos” discursos e promessas infindáveis. Tudo recheado de embustes já bastante conhecidos. E assim caminha a humanidade. Já é um prato bastante conhecido. Esperamos que não vá azedar tudo e transformar num destempero total.
Erguer a taça, ah, isso será uma grande felicidade! Não é verdade?



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